Correlação geológica: Equivalências estratigráficas ou sincronismo de formações geológicas mais ou menos afastadas. O estabelecimento de correlações resulta da comparação de características das unidades litológicas. É uma operação fundamental em Estratigrafia, tendo quase sempre uma conotação temporal. Este sincronismo pode ser estabelecido se:
- houver continuidade e passagem lateral entre as formações em causa;
- as mesmas contiverem fósseis característicos da mesma idade (não necessariamente os mesmos);
- tiverem a mesma idade geocronológica;
- as formações, mesmo de fáceis diferentes, estiverem enquadradas por outras equivalentes, bem datadas
Biocorrelação – Estabelece a correspondência entre dois estratos através do conteúdo
fossilífero, com base na presença de determinados fósseis e da sua posição
bioestratigráfica. Neste tipo de correlação tem enorme interesse o
reconhecimento dos biohorizontes de primeira aparição e nos de última presença
de fósseis característicos em diferentes secções estratigráficas, e ao
considerar-se como simultâneos a nível mundial tratar-se-ia realmente de uma
biocronocorrelação.
Biocorrelação |
Litocorrelação – Correspondência através do carácter litológico e da posição litostratigráfica.
Para fazer este tipo de correlação comparam-se as unidades litostratigráficas
presentes em cada uma das secções estratigráficas e os níveis específicos de
litologias dentro das mesmas.
Tarbuck & Lutgens (1993) |
Cronocorrelação – Correlaciona superfícies isócronas e o reconhecimento
da sua posição cronoestratigráfica. Consiste na comparação temporal de duas ou
mais secções estratigráficas, para o qual se selecionam os recursos estratigráficos
que indiquem simultaneidade (exemplos: inversões magnéticas, biohorizontes,
anomalias geoquímicas) e que facilitem o estabelecimento da correspondência de
todas as unidades estratigráficas representadas.
Cronocorrelação |
Métodos de Correlação:
Critérios que facilitam a demonstração de
equivalência de unidades estratigráficas ou de superfícies de estratificação.
São eles:
- Métodos de autocorrelação: cortes, perfis sísmicos;
- Métodos litológicos (ou de litocorrelação): mudanças litológicas bruscas, níveis guia,
estudos de laboratório;
- Métodos baseados em propriedades físicas: que compreendem por sua vez dois subtipos: os
magnetoestratigráficos e os aplicados a partir das diagrafias;
- Métodos Radiométricos: Consistem na comparação das datações
radiométricas de materiais de diferentes secções estratigráficas;
- Métodos litoestratigráficos: Baseiam se no reconhecimento das áreas
especificas de estratificação, reflectindo um fenómeno comum;
- Métodos baseados em fósseis;
- Métodos biocronoestratigráficos: A primeira e a última ocorrência.
BIBLIOGRAFIA:
http://www.iugs.org/
VERA TORRES, Juan Antonio (1994), Estratigrafia,
Principios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda.
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