Estrato ou Camada: Corpo lítico, em regra tabular,
caracterizado por certas propriedades que o distingue dos corpos adjacentes. A
separação entre estratos vizinhos pode
ser feita por planos bem marcados (passagem brusca) ou através da mudança
gradual de qualquer propriedade (litologia, mineralogia, conteúdo fossilífero,
composição química ou idade).
Estratificação: Deposição de material em lâminas,
paralelas ou subparalelas, entre si, bem como em relação topo e base da camada
onde estão inseridas. É uma propriedade muito importante das rochas
sedimentares.
Tipos de estratificação:
Estratificação cruzada: Originada pelo vento ou
pela água. As lâminas no interior do set fazem um determinado ângulo
(<35º) com a superfície superior e inferior da mesmo. Este tipo de estratificação subdivide-se em:
- Tabular: lâminas com a mesma espessura e paralelas
entre si;
- Prismática: lâminas em "cunha";
- Festonada: concavidade das lâminas da camada
virada para cima;
- Hummocky: as camadas formam estruturas irregulares
e convexas.
Estratificação Cruzada |
Estratificação gradacional / Granuloselecção: Aplicada à granulometria das rochas clásticas. Caracterizada por um decréscimo do tamanho das partículas/grãos da base para o topo. Quando, da base para o topo, o tamanho das partículas aumenta dá-se o nome de estratificação gradacional invertida. É originada fundamentalmente em ambientes marinhos profundos, por correntes turbidíticas que levam o material dos taludes para áreas oceânicas.
Granuloselecção |
Granuloselecção |
Bioturbações: Muitas vezes nas rochas sedimentares
a estratificação encontra-se quebrada por tubos aproximadamente cilíndricos que
podem ter alguns centímetros de diâmetro e que se estendem verticalmente ao
longo de muitas camadas. Estas estruturas são remanescentes de furos e túneis
escavados por moluscos e muitos outros organismos marinhos.
Biotubações presentes na Praia Grande, Sintra |
Ripple Marks: Superfícies ritmicamente onduladas
com comprimento de onda centimétrico a decimétrico, em sedimentos arenosos ou
siltosos. Formam-se em dunas pela acção do vento, e em ambientes sub-aquáticos
pela acção de ondas e de correntes. Essas marcas podem ser:
- Simétricas: típicas do “vai e vem” das ondas de
água rasa;
- Assimétricas: comuns quando a ondulação é formada
por um fluxo de corrente, seja ele eólico, fluvial ou canal de maré.
Ripple Marks |
Esquema dos Ripple Marks Em cima: Simétricos Em baixo: Assimétricos |
Segue-se um filme dividido em quatro partes sobre a estratificação:
(Parte 1)
(Parte 2)
(Parte 3)
(Parte 4)
BIBLIOGRAFIA:
http://pt.wikipedia.org
http://sepmstrata.org
http://www.stratigraphy.org
http://www.youtube.com/
SELLEY, Richard C., Applied Sedimentology, 2ª edição, San Diego, Academic Press, 2000
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