sábado, 5 de janeiro de 2013

Correlação Geológica


Correlação geológica: Equivalências estratigráficas ou sincronismo de formações geológicas mais ou menos afastadas. O estabelecimento de correlações resulta da comparação de características das unidades litológicas. É uma operação fundamental em Estratigrafia, tendo quase sempre uma conotação temporal. Este sincronismo pode ser estabelecido se:
- houver continuidade e passagem lateral entre as formações em causa;
as mesmas contiverem fósseis característicos da mesma idade (não necessariamente os mesmos);
- tiverem a mesma idade geocronológica;
- as formações, mesmo de fáceis diferentes, estiverem enquadradas por outras equivalentes, bem datadas 



Tipos de correlação:


Biocorrelação – Estabelece a correspondência entre dois estratos através do conteúdo fossilífero, com base na presença de determinados fósseis e da sua posição bioestratigráfica. Neste tipo de correlação tem enorme interesse o reconhecimento dos biohorizontes de primeira aparição e nos de última presença de fósseis característicos em diferentes secções estratigráficas, e ao considerar-se como simultâneos a nível mundial tratar-se-ia realmente de uma biocronocorrelação.
Biocorrelação

Litocorrelação – Correspondência através do carácter litológico e da posição litostratigráfica. Para fazer este tipo de correlação comparam-se as unidades litostratigráficas presentes em cada uma das secções estratigráficas e os níveis específicos de litologias dentro das mesmas.
Tarbuck & Lutgens (1993)

Cronocorrelação – Correlaciona superfícies isócronas e o reconhecimento da sua posição cronoestratigráfica. Consiste na comparação temporal de duas ou mais secções estratigráficas, para o qual se selecionam os recursos estratigráficos que indiquem simultaneidade (exemplos: inversões magnéticas, biohorizontes, anomalias geoquímicas) e que facilitem o estabelecimento da correspondência de todas as unidades estratigráficas representadas.
Cronocorrelação


Métodos de Correlação: 
Critérios que facilitam a demonstração de equivalência de unidades estratigráficas ou de superfícies de estratificação. São eles:

- Métodos de autocorrelação: cortes, perfis sísmicos;

- Métodos litológicos (ou de litocorrelação): mudanças litológicas bruscas, níveis guia, estudos de laboratório;

- Métodos baseados em propriedades físicas: que compreendem por sua vez dois subtipos: os magnetoestratigráficos e os aplicados a partir das diagrafias;

- Métodos Radiométricos: Consistem na comparação das datações radiométricas de materiais de diferentes secções estratigráficas;

- Métodos litoestratigráficos: Baseiam se no reconhecimento das áreas especificas de estratificação, reflectindo um fenómeno comum;

- Métodos baseados em fósseis;

- Métodos biocronoestratigráficos: A primeira e a última ocorrência.



BIBLIOGRAFIA:
http://www.iugs.org/
VERA TORRES, Juan Antonio (1994), Estratigrafia, Principios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda.

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